Month: julho 2009

Balneário Camboriú continua na preferência dos turistas

De Bela Santa Catarina, em 28/07/09

Apesar das calamidades naturais sofridas por algumas cidades de Santa Catarina na segunda quinzena de novembro de 2008, e que chegaram a afetar três bairros isolados de Balneário Camboriú, a cidade continua com toda a sua infra-estrutura intacta e a normalidade já retornou ao dia-a-dia do município. A Praia Central, que corresponde a 70% do território urbano, continua oferecendo beleza e lazer privilegiados, assim como todos os atrativos naturais e os equipamentos turísticos estabelecidos na cidade.

E quem veio aproveitar a praia de Balneário Camboriú no mês de dezembro, pôde comprovar que a cidade está trabalhando com todo o dinamismo, procurando atender da melhor maneira quem a escolheu para passar seus momentos de descontração. Entre os 319 entrevistados, cem por cento pretende retornar às férias no balneário.

Este é o resultado de pesquisa mercadológica realizada pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú. Equipes que realizam trabalho nas ruas avaliaram, no período de 1º a 31 de dezembro de 2008, os níveis de satisfação dos turistas na cidade. Foram questionados 213 brasileiros, 51 argentinos, 29 paraguaios, 17 chilenos, quatro bolivianos, quatro peruanos, um turista uruguaio, no total dos 319 visitantes, sendo 56,11% do público feminino e 43,89% do masculino. Suas idades variaram, sendo 16,3% abaixo de 18 anos; 7,84% entre 18 e 25; 15,67% entre 26 e 26 anos; 34,17% de 37 a 50; 16,3% na faixa entre 51 e 65 anos, e ainda 9,72% com mais de 65. No universo pesquisado, quase que sua totalidade, ou 88,09% (281 pessoas) disseram que a diversão e lazer preferidos estão na praia; 4,7% responderam nas compras; outros 4,7% nos passeios e 2,51% nas diversões noturnas.

Na avaliação da infra-estrutura, os turistas caracterizaram o comércio como bom ou ótimo (77,42%), sendo que apenas quatro pessoas (1,25%) consideraram regular. O total de 14,73% não utilizou os serviços e 6,58% não opinaram. Em relação a bares e restaurantes, a maioria considerou um bom ou ótimo serviço prestado na cidade (79,93%); 13,17% não utilizaram; 0,94% não opinaram; 5,64% consideraram regular e apenas uma pessoa, ou 0,31%, não gostou do atendimento.

No item sobre meios de hospedagem utilizados, novamente a maioria aprovou de forma satisfatória, a rede hoteleira local. Foram 28,84% os que consideraram o serviço ótimo e 44,2% caracterizaram como bom. O total de 24,76% não opinou; 1,88% disseram ser regular e apenas uma pessoa (0,31%) considerou ruim.

As diversões noturnas também foram avaliadas, apesar de que 254 pessoas não chegaram a utilizar o serviço (79,62%). Mas quem aproveitou, considerou ótimo ou bom (18,18%), num número de 58 entrevistados; quatro pessoas não opinaram; duas disseram ser regular e uma não gostou, caracterizando como ruim. Entre os que observaram a sinalização urbana (67,39% ou 215 turistas), 26 pessoas consideraram ótimo o serviço, 168 avaliaram como um bom equipamento; 12 consideraram regular, seis apontaram como ruim e finalmente três não opinaram.

No quesito segurança pública, Balneário Camboriú teve a aprovação de 160 turistas, sendo que o serviço estava ótimo para 19 entrevistados e bom para 141. Foram 86 pessoas que não chegaram a observar o trabalho na cidade; 38 analisaram como um serviço regular; 20 apontaram como ruim e 15 não opinaram.

Foi avaliada, ainda, a limpeza pública (aprovação de 305 pessoas, com a avaliação de boa ou ótima); limpeza das praias (238 responderam bom ou ótimo); Apenas oito consideraram que a cidade precisa melhorar em poluição sonora, e que isso ainda os incomoda; 234 disseram que a água tratada está satisfatoriamente boa ou ótima, sendo que 64 não opinaram, 14 apontaram como regular e sete como ruim.

A maioria dos questionados disse que iria ficar na cidade de sete a dez dias (124 pessoas); e em hotel ou apart hotel (144); vieram de automóvel (159); outros de ônibus de excursão (105) e ainda em ônibus de linha (43). Nenhum dos 319 turistas que responderam à pesquisa reclamou da hospitalidade de Balneário Camboriú. Para 167 pessoas (52,35%) ela foi boa; para 116, ótima; 29 não opinaram e sete disseram receber tratamento regular.

Outras informações e dados estão disponíveis no Departamento de Pesquisa e Planejamento da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú, que realiza atualizações diárias das informações que o setor fornece da cidade. O telefone para contato é o (47) 3367-8122, entre 13 e 19 horas.

Fonte: Silvia C. Bomm – Ass. Comunicação

Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico

Prefeitura de Balneário Camboriú

Pesquisa traça perfil de turista

Da Panrotas, em 29/07/09

O Instituto Marca Brasil (IMB) promoveu, em março, o “Estudo Qualitativo sobre Comportamentos de Consumo e Experiências Memoráveis de Turistas”, uma pesquisa para identificar comportamentos de consumo de turistas brasileiros que viajam com frequência no período de um ano. “Ao diagnosticar perfis de consumo, o IMB tem produzido conhecimento e realizado uma série de iniciativas que servem de fonte estratégica para o planejamento de ações, o aprimoramento dos serviços, proporcionando às empresas a compreensão a respeito do mercado” disse o presidente do Instituto Marca Brasil, José Zuquim.

A pesquisa foi realizada com pessoas entre 35 e 50 anos, da classe social A ou B, com nível superior, que tenham viajado para fora do Estado de origem nos últimos seis meses. A análise faz parte do trabalho de diagnóstico dos projetos Rede de Cooperação Técnica para Roteirização e Economia da Experiência, do Ministério do Turismo, em parceria com o Sebrae sob gestão do IMB.

Confira os principais resultados da pesquisa:

Amantes de Viagens ou Viajantes Compulsivos – A maior parte das pessoas ouvidas pela pesquisa identificou-se como amantes de viagens, ou seja, são pessoas que colocam a viagem como parte integrante de suas vidas e, muitas vezes, como prioridade em seus orçamentos.

Motivações para Viajar – As motivações para a escolha dos destinos são as mais diversas e estão relacionadas às personalidades, identidades e aos “comportamentos de turista”. Um elemento que também identifica uma parte considerável do grupo entrevistado é a valorização da tranquilidade em suas viagens. Esta é uma qualidade destacada por alguns participantes no que se refere ao longo tempo que gostam de ficar em cada destino e a maneira que gostam de desfrutar dos passeios.

Viajantes – As pessoas que demonstram ter um comportamento de viajante, fazem turismo para aprender e conhecer outras culturas; para “ampliar universos”, quando viajam para conhecer outros lugares; para “viver novas sensações”, quando provam uma gastronomia diferente. Também vêem na viagem um meio de investir em qualidade de vida, quando “relaxam” numa praia ou fazem um mergulho no mar junto aos golfinhos; ou quando dedicam “um tempo pra si”, ao buscarem o contato com a natureza ou o simples “tirar férias dos filhos”.

Família – Um elemento que aparece com destaque nos discursos do grupo pesquisado é a família. Seja pela presença ou ausência dos filhos na turnê, a família é sempre um elemento presente quando se trata de pensar uma nova viagem.

Experiências memoráveis – Um outro tipo de experiência presente nos relatos de turistas desta pesquisa são aquelas que permitem que os sujeitos sintam, provem, vivam momentos que aguçam seus sentidos e emoções. Momentos de misticismo, espiritualidade, retorno ao passado ou, até mesmo, de degustação de comidas exóticas proporcionam a estas pessoas outro aprendizado que é próprio do turismo: o auto-conhecimento.

Bolsa-Família deu 2,9 mi de votos para Lula, diz estudo

Da Agência Estado, em 24/07/09

O programa Bolsa-Família foi responsável por três pontos porcentuais da votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, quando ele atingiu 61% dos votos válidos. O número representa 2,9 milhões de votos. Este é o principal resultado de um trabalho recém-concluído do economista Mauricio Canêdo, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, que utilizou uma base de dados de 3.397 municípios.

Os quase 3 milhões de votos representam pouco se considerado que 11 milhões de famílias já recebiam o Bolsa-Família em 2006 e uma grande parte delas com certeza tem mais de um eleitor. “A mensagem é que o Bolsa-Família dá votos, já que 3% é alguma coisa, mas dá menos do que a maior parte das pessoas pensa”, resume Canêdo.

O economista empregou uma metodologia estatística sofisticada, na qual cruzou as votações municipais em Lula no segundo turno de 2006 com a proporção de famílias que recebem Bolsa-Família em cada um deles e mais 16 indicadores por município que podem influenciar a tendência de votos. A sua conclusão é que, na média dos municípios, cada ponto porcentual a mais de lares que recebem Bolsa-Família representa uma votação adicional de 0,55 ponto porcentual em Lula.

Para chegar ao impacto total de três pontos porcentuais, Canêdo fez o que se chama de um exercício contrafactual: ele estimou qual teria sido a votação de Lula em cada um dos 3.397 municípios caso não houvesse nenhuma distribuição de Bolsa-Família. Para conseguir isolar o efeito do programa, Canêdo montou um modelo estatístico que filtra a influência de uma série de outros fatores que afetam cada município, para os quais ele também detém uma extensa base de dados: a votação no segundo turno de 2002, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, urbanização, densidade populacional, distância da capital, a presença ou não de prefeito e governador do PT, desigualdade e analfabetismo, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

IBGE lança edital para contratar temporários com salário de R$ 4.000

Da Folha Online, em 24/07/09

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira edital de processo seletivo para contratação temporária de 26 profissionais, com salário de R$ 4.000. As vagas são para a cidade do Rio e os selecionados vão trabalhar na preparação, no planejamento e na execução do Censo Demográfico 2010.

O prazo de inscrição vai de 10 a 21 de agosto e os candidatos devem ter experiência nas áreas de análise de sistemas, desenvolvimento de aplicações e análise de sistemas e suporte à comunicação e à rede.

Os serviços serão prestados pelo prazo máximo de dois anos (24 meses), sendo que os contratos serão renovados mensalmente, conforme avaliação do desempenho dos profissionais. Além do salário de R$ 4.000, os contratados terão auxílios alimentação e transporte, férias e 13º salário, para uma carga horária de trabalho de 8h por dia (40h semanais)

As inscrições devem ser feitas via internet, no site www.ibge.gov.br/recursoshumanos, onde também pode ser consultado o edital completo da seleção. A taxa de inscrição custa R$ 33.

Podem se inscrever pessoas com nível superior completo em qualquer área de conhecimento, e a seleção será feita por análise de títulos, incluindo formação acadêmica (graduação e pós-graduação), certificações, treinamentos e experiência profissional comprovada na área de análise de sistemas.

Conforme divulgou o IBGE, a contratação deve-se ao “esgotamento da listagem de candidatos aprovados para a área de análise de sistemas na seleção para a função de analista censitário realizada em 2008″.

Valorização da “geração matures”

De Outro Canal, por Daniel Castro

Público desprezado pela publicidade e pela programação das TVs, as pessoas com mais de 60 anos finalmente começam a despertar interesse.

Na última edição de seu “Bip”, boletim voltado para anunciantes e agências, a Globo lança um estímulo por mais anúncios para o que chama de “geração matures” (maduros).

“A geração matures é formada por pessoas com mais de 60 anos, conhecida como a idade de ouro. Esse público, que representa 10,5% da população brasileira, ou quase 20 milhões de pessoas, vem crescendo”, anuncia a publicação.

Em três páginas, o boletim lembra que a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos em 1997 para 73 em 2007. Afirma que hoje 9,7 milhões dos domicílios do país têm “famílias intergeracionais” (três gerações) e que, em 53% desses lares, os idosos representam mais da metade da renda.

O “Bip” traz ainda um estudo feito pela Central Globo de Marketing cruzando dados do Ibope e do IBGE. Segundo o trabalho, a “geração matures” consome 14 horas de TV por semana; 86% veem TV das 20h às 22h e 42% assistem a programas de auditório.

A Globo divide os “matures” em quatro perfis (questionadores, modernos, conservadores e festeiros) e aponta alguns parâmetros de consumo: a maior parte dos “festeiros” (23%) vive em São Paulo e 46% dos “modernos” têm computador.

“É um público que merece ser mais bem tratado. Temos um grande mercado para ser explorado”, disse à Folha Willy Haas, diretor-geral de comercialização da Globo.

Pesquisa da OIT revela que as mulheres e os negros sofrem mais com problemas relacionados ao trabalho

De Portal MS, 10/07/09

“A situação do negro no Brasil é alarmante!” A afirmação é da coordenadora de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul Raimunda Luzia de Brito, ao tomar conhecimento do relatório “Trabalho Decente e Juventude”, lançado no dia 1º de julho, deste ano, em Brasília (DF), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O documento analisou a situação da juventude no país, no período de 1992 a 2006, e apresenta alguns dos principais programas brasileiros voltados para o segmento. O lançamento aconteceu durante a abertura de uma oficina sobre o tema que, junto com o relatório, irá subsidiar a elaboração da Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude. O estudo baseou-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e revelou que a taxa de desemprego entre os jovens é 3,2 vezes maior que a dos adultos. Em 2006, dos 22,2 milhões de jovens ativos, 3,9 milhões estavam sem ocupação.

Os grupos mais afetados pelos problemas relacionados ao trabalho são as mulheres e os negros. O déficit de emprego entre as mulheres jovens é de 70,1% contra 65,6% entre os homens da mesma faixa etária. Há diferença também entre os jovens negros (74,7%) e os jovens brancos (59,6%). Esses dados mostram, segundo a diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, que as jovens negras vivem uma situação de dupla discriminação. De acordo com o relatório, o índice de desemprego e informalidade entre as pessoas desse grupo chega a 77,9% .

O estudo também revela que há uma diferença significativa no nível de escolaridade entre jovens brancos e negros. Enquanto apenas 7% dos jovens brancos têm baixa escolaridade, segundo o relatório esse índice chega a 16% entre os jovens negros.

Programa do governo

Ao fazer uma análise sobre o relatório divulgado pela OIT, a coordenadora da Cppir disse que a OIT é uma grande parceira dos governos Estadual, Municipal e Federal. “Está sempre colaborando e capacitando pessoal”. Raimunda também fez elogios aos programas do Governo do Mato Grosso do Sul voltados para juventude sul-mato-grossense. Dentre as diversas ações realizadas no Estado para esse seguimento, ela destacou o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Educação, Qualificação e Ação Comunitária (ProJovem Urbano). O programa no Estado, que está sob coordenação da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) disponibiliza três mil vagas para sete municípios (Coxim, Dourados, Naviraí, Ponta Porã, Rio Brilhante, Três Lagoas e Rio Verde de Mato Grosso).

“O ProJovem vai capacitar o jovem para o primeiro emprego. Também temos, no governo, a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Juventude, e a Fundação de Trabalho e Qualificação Profissional de Mato Grosso do Sul (Funtrab). São órgãos que estão com trabalhos também voltados para esse seguimento”, informou Brito

Negros

Porém, ao falar sobre a situação da população negra no Brasil, ela disse que é alarmante! “Primeiro, porque quem morre mais é o negro. Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, está uma matança de jovens negros enorme!”, afirmou ela, lembrando que a maioria dos jovens negros assassinatos são jovens de 14 a 25 anos que não tinham passagens pela polícia e que estavam trabalhando em sub-empregos.

Segurança

Quanto à área da segurança pública, Raimunda disse que está aguardando uma resposta do Comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e da Diretoria Geral da Polícia Civil, para participar dos cursos de formação para oficiais, que são realizados pela corporação no Estado.

Em 2008, representantes das entidades do Movimento Negro do Estado reuniram-se com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Geraldo Garcia Orti, para tratar de assuntos sobre questão racial – violência. Segundo Raimunda de Brito um dos principais assuntos é a abordagem por parte dos policiais à população negra, e ainda, a questão racial.

“Queremos participar dos cursos que são realizados pelos oficiais militares para falarmos sobre a questão racial”, explicou a coordenadora da Cppir, que também não deixou de lembrar que agora temos uma mulher negra, delegada corregedora da Polícia Civil, na presidência do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine). O órgão que é ligado a Setas é presidido pela delegada Marlene de Aguiar Justino da Cruz. “Isso deu uma visibilidade diferente”, comentou Raimunda.

Brasileiros confiam na publicidade, diz Nielsen

Do Meio & Mensagem, em 07/07/09
Felipe Turlão

Consumidores daqui demonstram maior confiança na publicidade, seja em televisão, jornal, revista, internet e outdoor, quando comparados com Estados Unidos, França, Reino Unido, Argentina, Japão e China. Estudo foi feito com 25 mil pessoas em 50 países

Quando comparados com habitantes de alguns dos principais países do mundo, os brasileiros demonstram um alto nível de confiança na publicidade. Os dados são de uma pesquisa sobre Confiança na Publicidade que a Nielsen fez pela internet com 25 mil pessoas de 50 países, sendo 501 delas no Brasil.

Um dos aspectos do estudo analisou o quanto as pessoas confiam em publicidade em cada uma das mídias. Os anúncios em revistas, por exemplo, recebem a “Total Confiança” de 19% dos brasileiros, contra 10% dos argentinos, 5% dos norte-americanos, chineses e franceses, e 3% de japoneses e britânicos. Do mesmo modo, 57% dos brasileiros “Confiam de alguma maneira”, contra índices parecidos em outros países. Os mais céticos estão na França, onde 42% “Não Confiam Muito” e 14% “Não Confiam Nada”.

Essas quatro escalas (entre aspas) foram aplicadas às outras mídias. Em anúncios de jornal, 17% dos brasileiros confiam completamente, o melhor índice na comparação com os países citados. A média global para esta escala foi de 7%. Em spots de rádio, 14% dos brasileiros também confiam completamente, contra somente 3%, por exemplo, de Estados Unidos e Japão. A publicidade em mecanismos de busca é totalmente confiável para 9% dos brasileiros, e confiável em parte por 53% deles, sendo que somente 5% não confiam nada. Os franceses, por exemplo, tem 19% de pesquisados que não confiam nada, e apenas 2% dos norte-americanos e britânicos confiam totalmente. As peças de outdoor são completamente confiáveis para 13% dos brasileiros, contra 4% de norte-americanos, franceses e britânicos e mero 1% dos japoneses.

A mídia que atrai a maior parte dos investimentos em publicidade no mundo, a televisão, traz resultados ainda melhores para o anunciante daqui. É de 21% a proporção de brasileiros que confia totalmente nos comerciais e 57% os que confiam em parte. Somente 19% não confiam tanto e 4% não confiam nada. Como base de comparação, nos Estados Unidos somente 6% confiam totalmente, e na França e Japão o índice cai para somente 5%. Mas ninguém supera os britânicos em ceticismo, com 4% de confiança total.

Força do boca a boca

No contexto global, a Nielsen destacou que as formas de publicidade mais confiáveis são as recomendações de pessoas conhecidas e opiniões postadas pelos consumidores na internet. O estudo mostra que nove a cada dez consumidores de internet acreditam em recomendações de conhecidos, e sete em cada dez apostam nas opiniões postadas no online, o mesmo índice válido para as informações contidas nos sites das próprias marcas.

“A explosão da mídia gerada pelo consumidor nos últimos dois anos traz a tendência de confiança no marketing boca-a-boca durante o processo de decisão, tanto vindo de conhecidos quanto de desconhecidos na web”, apontou em comunicado Jonathan Carson, presidente da unidade Online da Nielsen Company.

Ele aponta também que todas as outras formas de publicidade, com exceção dos anúncios de jornais, experimentaram um aumento no grau de confiança. E o maior crescimento na confiança, na comparação com a primeira pesquisa do gênero, realizada em abril de 2007, foi por parte dos patrocínios, com índice de confiança saltando de 49% para 64% hoje. A América Latina é a melhor região de confiabilidade em patrocínios, com 79% de brasileiros que acreditam neste tipo de publicidade, contra apenas 33% na Suécia, por exemplo.

Uma surpresa do estudo diz respeito sobre a efetividade do humor na publicidade brasileira. Perguntadas se eles costumam achar engraçados os comerciais que se propõe a ser assim, 38% dos brasileiros concordam fortemente ou concordam, 31% nem concordam e nem discordem, e 30% discordam ou discordam fortemente. O índice de discordância no Brasil é o maior entre os principais países. Na França, por exemplo, 20% discordam ou discordam fortemente, e o índice é de 13% nos Estados Unidos, 8% na Argentina, 14% no Reino Unido, e 16% no Japão.

Campanha publicitária de sensibilização contra acidentes de trânsito

Da BBC, em 06/07/09

Outdoor ‘chora’ em dia chuvoso para alertar sobre estradas molhadas

Campanha na Nova Zelândia espalhou outdoors com sensores que fazem rosto de garoto ‘chorar’ sangue quando chove.

Uma campanha publicitária na região de Papakura, ao sul de Auckland, maior cidade da Nova Zelândia, usa como alerta a motoristas outdoors com rosto de um menino que começa a “sangrar” cada vez que chove, ilustrando os perigos de ignorar estradas molhadas.

Os outdoors da campanha possuem sensores que jorram um líquido vermelho logo que começa a chover. Assim que o sol volta, o cartaz retorna ao normal automaticamente.

A propaganda avisa aos motoristas: “Chuva muda tudo. Por favor dirija de acordo com as condições climáticas”. Apesar de chocante, o Conselho do Distrito de Papakura diz que a campanha surtiu efeito.

Desde que começou, na Páscoa – tradicionalmente a época do ano com mais mortes de trânsito devido aos feriados longos e a temporada de chuvas fortes – ninguém sofreu acidentes fatais. “No outono as condições das estradas mudam e pedimos aos motoristas dirigirem com muito cuidado”, disse o inspetor de polícia Heather Wells à mídia neozelandesa. A campanha publicitária, criada pela agência Colenso BBDO, foi recentemente premiada pelo Festival Publicitário Internacional de Cannes.

Crise faz pesquisa assumir perfil tático e de curto prazo

De “Valor”, 16/03/09
Ana Paula Paiva/Valor

Salama, do Kantar Group: no exterior, busca é por pesquisa “holística”, que ajude o cliente a vender mais e gastar menos

Em tempos de bonança, anunciantes e agências de publicidade contratam pesquisas de mercado para entender melhor o consumidor e se antecipar às suas necessidades, traçando tendências. Agora, em pleno olho do furacão, uma dúvida atormenta os departamentos de marketing e de planejamento: a pesquisa entra na coluna dos custos que devem ser cortados ou dos investimentos que precisam ser mantidos? Diminuir o orçamento se tornou imperativo em 2009 – mas, se o mercado não cresce e o único jeito de conquistar espaço é tirar cliente da concorrência, menosprezar informação pode ser uma decisão desastrosa.

A saída encontrada pelos anunciantes tem sido optar pela pesquisa tática, para “sentir o pulso” do consumidor no ponto-de-venda: qual a sua reação a merchandising, às promoções e quanto o preço influencia na decisão de compra. Esse tipo de pesquisa, segundo empresas do setor, chega a custar metade do preço de um estudo sobre tendências, muito mais complexo, que pode envolver levantamentos estatísticos e qualitativos.

“A pesquisa tática se destina a resolver problemas imediatos, algo que ganha muito mais força agora do que os grandes estudos de segmentação, considerados estratégicos para iniciativas de longo prazo”, diz Waldyr Pilli, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) e diretor da Larc Pesquisas de Marketing. Na Larc, diz ele, os anunciantes têm buscado indicadores de mudança de comportamento diante da crise e do medo que ela provoca.

O mercado de pesquisas no Brasil, que cresceu 15% em 2008, para R$ 1,207 bilhão, sentiu uma freada nos investimentos no último trimestre do ano. Mas, segundo Pilli, o primeiro trimestre de 2009 já demonstra uma retomada. “Os anunciantes que interromperam os projetos no fim do ano passado estão voltando a investir agora, preferencialmente em pesquisas táticas”, diz.

A Ipsos, líder em estudos customizados no país, tem sentido a ansiedade dos anunciantes no dia-a-dia. “Muitos querem testar promoções, saber se é melhor dar 10% de desconto ou adotar o ‘leve três, pague dois’, além de identificar até que ponto o consumidor suporta aumento de preços”, afirma Jorge Kodja, diretor de contas da divisão Ipsos Marketing. O executivo vê mais uma frente que ganha espaço no mercado de pesquisas: os estudos on-line, que custam entre 20% e 30% menos do que os levantamentos presenciais. “Trata-se de uma modalidade que vem crescendo todo mês”, diz Kodja.

O Datafolha, por sua vez, registrou um ótimo primeiro bimestre, com crescimento de 30% em comparação com o mesmo período de 2008. “Pesquisas que medem a retenção e o resultado do merchandising na TV têm sido muito procuradas por agências a pedido de clientes de diferentes áreas, especialmente da indústria alimentícia”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. A boa demanda deve fazer com que a empresa passe a oferecer mais duas medições de merchandising ainda neste primeiro semestre: em cinemas e em pontos-de-venda.

Segundo Paulino, veículos de comunicação e a indústria farmacêutica também vêm reforçando investimentos em pesquisa. “Em tempos de crise, as empresas se interessam mais por pesquisas para tornar as estratégias e os investimentos mais precisos”, diz.

E essa tendência não se restringe ao mercado brasileiro. Em todo o mundo, os anunciantes estão à procura de estudos cada vez mais certeiros, que identifiquem com maior fidelidade o perfil do consumidor e quais as melhores mídias para atingi-lo. “Todos os clientes estão tentando fazer crescer suas receitas e cortar seus custos – e a pesquisa deve contribuir diretamente nessa tarefa”, afirmou ao Valor Eric Salama, principal executivo do Kantar Group, braço de consultoria e pesquisas do conglomerado de comunicação WPP.

Em outubro de 2008, o Kantar comprou a TNS e, no fim de fevereiro, promoveu a fusão da empresa com outra multinacional do grupo, a Research International, criando a maior fornecedora de pesquisas customizadas do mundo, a TNS International. Com a nova empresa, a receita do Kantar Group bateu os US$ 4,5 bilhões em 2008, o que representa cerca de 30% do faturamento do WPP. No Brasil, a TNS International afirma ocupar o segundo lugar entre os fornecedores de levantamentos ad hoc (sob encomenda), atrás apenas da Ipsos e à frente da GFK e do Ibope Inteligência.

Salama reconheceu a força dos concorrentes no mercado nacional, especialmente da líder Ipsos, mas acredita que é possível crescer mais aqui do que na China e no México este ano. “O Brasil é um dos nossos dez maiores mercados no mundo”, diz ele, que prevê em 2009 empate com a receita global do ano anterior. Segundo o executivo, que atende multinacionais como Unilever, Procter & Gamble, Coca-Cola e Pepsi, as pesquisas são mais necessárias para o mercado agora do que nunca. “Os clientes querem entender o quanto a mídia influencia, como as pessoas se relacionam com as marcas, como decidem as compras nos supermercados e lojas, ou seja, tudo que as ajude a se manter competitivas”.

Essa visão “holística” do cliente faria com que os anunciantes gastassem menos com mídia. Essa é a conclusão da World Federation of Advertisers (WFA), que realizou na semana passada, em São Paulo, a sua Conferência Global de Anunciantes, em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). O diretor de comunicação de marketing da WFA, Robert Dreblow, destacou o projeto global conduzido pela entidade, o Blueprint, que propõe a revisão dos métodos de medição de audiência e pesquisa. “Queremos que o foco esteja sobre o consumidor, não sobre o produto ou a mídia”.

Se o comprador fosse encarado de maneira “holística”, diz Dreblow, o número de anúncios e o nível de frequência das campanhas seriam menores. Para a WFA, o anunciante hoje é incapaz de medir e seguir o comportamento multimídia do consumidor, porque as pesquisas não o enxergam dessa forma. Além disso, segundo a associação, o uso de novas tecnologias não está sendo eficaz para obter dados de forma rápida e barata.

A multinacional americana de cosméticos Avon concorda. “As pesquisas de mercado não estão respondendo às nossas necessidades”, diz Rafal Szysz, gerente regional de mídia da Avon para a Europa, o Oriente Médio e a África, que participou do evento da WFA. Segundo Szysz, muitos fornecedores primeiro criam os modelos de pesquisa, com base no que acham que os anunciantes precisam, e tentam lhes vender isso. “Antes de mais nada, as empresas de pesquisa deveriam ouvir o cliente e fazer estudos que sejam realmente sob medida”. Isso não significa, necessariamente, segundo o executivo, pesquisas mais baratas. “Se eu perceber o real valor daquele estudo para o meu negócio posso pagar mais por ele.”

Jorge Kodja, da Ipsos Marketing, acredita que muitos anunciantes encaram as pesquisas de mercado de maneira pouco objetiva. “Não são raros os casos em que um produto vai para o mercado sem ter passado por uma avaliação prévia com o consumidor”, diz Kodja. “Nesses casos, a empresa encomenda a pesquisa esperando que ela valide as suas expectativas com o produto”.