Day: 24 de julho de 2009

Bolsa-Família deu 2,9 mi de votos para Lula, diz estudo

Da Agência Estado, em 24/07/09

O programa Bolsa-Família foi responsável por três pontos porcentuais da votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, quando ele atingiu 61% dos votos válidos. O número representa 2,9 milhões de votos. Este é o principal resultado de um trabalho recém-concluído do economista Mauricio Canêdo, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, que utilizou uma base de dados de 3.397 municípios.

Os quase 3 milhões de votos representam pouco se considerado que 11 milhões de famílias já recebiam o Bolsa-Família em 2006 e uma grande parte delas com certeza tem mais de um eleitor. “A mensagem é que o Bolsa-Família dá votos, já que 3% é alguma coisa, mas dá menos do que a maior parte das pessoas pensa”, resume Canêdo.

O economista empregou uma metodologia estatística sofisticada, na qual cruzou as votações municipais em Lula no segundo turno de 2006 com a proporção de famílias que recebem Bolsa-Família em cada um deles e mais 16 indicadores por município que podem influenciar a tendência de votos. A sua conclusão é que, na média dos municípios, cada ponto porcentual a mais de lares que recebem Bolsa-Família representa uma votação adicional de 0,55 ponto porcentual em Lula.

Para chegar ao impacto total de três pontos porcentuais, Canêdo fez o que se chama de um exercício contrafactual: ele estimou qual teria sido a votação de Lula em cada um dos 3.397 municípios caso não houvesse nenhuma distribuição de Bolsa-Família. Para conseguir isolar o efeito do programa, Canêdo montou um modelo estatístico que filtra a influência de uma série de outros fatores que afetam cada município, para os quais ele também detém uma extensa base de dados: a votação no segundo turno de 2002, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, urbanização, densidade populacional, distância da capital, a presença ou não de prefeito e governador do PT, desigualdade e analfabetismo, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

IBGE lança edital para contratar temporários com salário de R$ 4.000

Da Folha Online, em 24/07/09

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira edital de processo seletivo para contratação temporária de 26 profissionais, com salário de R$ 4.000. As vagas são para a cidade do Rio e os selecionados vão trabalhar na preparação, no planejamento e na execução do Censo Demográfico 2010.

O prazo de inscrição vai de 10 a 21 de agosto e os candidatos devem ter experiência nas áreas de análise de sistemas, desenvolvimento de aplicações e análise de sistemas e suporte à comunicação e à rede.

Os serviços serão prestados pelo prazo máximo de dois anos (24 meses), sendo que os contratos serão renovados mensalmente, conforme avaliação do desempenho dos profissionais. Além do salário de R$ 4.000, os contratados terão auxílios alimentação e transporte, férias e 13º salário, para uma carga horária de trabalho de 8h por dia (40h semanais)

As inscrições devem ser feitas via internet, no site www.ibge.gov.br/recursoshumanos, onde também pode ser consultado o edital completo da seleção. A taxa de inscrição custa R$ 33.

Podem se inscrever pessoas com nível superior completo em qualquer área de conhecimento, e a seleção será feita por análise de títulos, incluindo formação acadêmica (graduação e pós-graduação), certificações, treinamentos e experiência profissional comprovada na área de análise de sistemas.

Conforme divulgou o IBGE, a contratação deve-se ao “esgotamento da listagem de candidatos aprovados para a área de análise de sistemas na seleção para a função de analista censitário realizada em 2008″.

Valorização da “geração matures”

De Outro Canal, por Daniel Castro

Público desprezado pela publicidade e pela programação das TVs, as pessoas com mais de 60 anos finalmente começam a despertar interesse.

Na última edição de seu “Bip”, boletim voltado para anunciantes e agências, a Globo lança um estímulo por mais anúncios para o que chama de “geração matures” (maduros).

“A geração matures é formada por pessoas com mais de 60 anos, conhecida como a idade de ouro. Esse público, que representa 10,5% da população brasileira, ou quase 20 milhões de pessoas, vem crescendo”, anuncia a publicação.

Em três páginas, o boletim lembra que a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos em 1997 para 73 em 2007. Afirma que hoje 9,7 milhões dos domicílios do país têm “famílias intergeracionais” (três gerações) e que, em 53% desses lares, os idosos representam mais da metade da renda.

O “Bip” traz ainda um estudo feito pela Central Globo de Marketing cruzando dados do Ibope e do IBGE. Segundo o trabalho, a “geração matures” consome 14 horas de TV por semana; 86% veem TV das 20h às 22h e 42% assistem a programas de auditório.

A Globo divide os “matures” em quatro perfis (questionadores, modernos, conservadores e festeiros) e aponta alguns parâmetros de consumo: a maior parte dos “festeiros” (23%) vive em São Paulo e 46% dos “modernos” têm computador.

“É um público que merece ser mais bem tratado. Temos um grande mercado para ser explorado”, disse à Folha Willy Haas, diretor-geral de comercialização da Globo.