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Travestis, bonés e crachás

Passos rápidos pela rua. Ouço dois travestis comentando um com o outro, que foi acordado agora há pouco. Passa uma pickup e o passageiro põe a cabeça para fora, gritando algo para os travestis que nesse minuto já ficaram para trás. Só ouço que um deles responde um “gostoso!…” meio fraco, meio baixo, meio por costume, meio por obrigação e continua a conversar. São apenas 18h, mas o centro de São Paulo é o centro de São Paulo. Quem mora, trabalha ou estuda no centro, está acostumado a ver de tudo. Uma moça com crachá da Prefeitura fala ao celular, ao lado de moradores de rua. Difícil é tirá-los da rua e eles não voltarem, e muitas vezes para o mesmo local. A viatura parada. Os policiais acabam de liberar quatro rapazes de boné e bicicletas. Por hoje foi só. Não vi mais nada, não ouvi mais nada, ou foi o cansaço da subida à pé… Ao cruzar a fronteira de Higienópolis, esses personagens saem de cena. Agora apenas guardadores de carro.

(C.Corrales, 2007)

Post original no site Overmundo: Crônica – Travestis, bonés e crachás

Segunda turma do curso de codificação

No dia 22/08/15 Cíntia Corrales, diretora da Network Pesquisa de Mercado, ministrou mais uma vez o curso de codificação de pesquisa quantitativa da ASBPM.  Essa foi a segunda turma do curso e, novamente, dois participantes vieram do Rio de Janeiro.  Desta vez a NBC Pesquisa foi quem sediou o curso, com duração de 1 dia.

2ª turma do curso de codificação de pesquisa quantitativa
2ª turma do curso de codificação de pesquisa quantitativa (Cíntia Corrales, 1ª à direita)

Tchau hipster, olá normcore

Do blog “Cotidiano Intransitivo“, de Silvia Feola, no Estadão

Tchau hipster, olá normcore

08 Junho 2015 | 13:04

Estadão

As mudanças sociais são primeiramente incorporadas por pequenos grupos, em movimentos que se desenrolam no interior da cultura de uma sociedade: as chamadas sub-culturas. Como toda mudança vai em contraposição a uma norma vigente, nega valores passados.
Como aquilo que surge em busca do que é novo e diferente dentro da cultura de massa, as subculturas têm sido interpretadas pelo prisma do individualismo. Alguém busca fazer parte de um subgrupo social justamente porque este lhe atribuiria a qualidade de ser diferente, único e exclusivo.
O que implica que, no fundo, a verdadeira motivação de seus adeptos estaria na vontade de querer se destacar dos demais, parecendo genuinamente autêntico. Quando passa a ser aderida por uma grande parte da sociedade, deixa de ser revolucionária, e vira um reles modismo.
Os sujeitos não são mais diferentes, mas iguais à maioria.
No entanto, o movimento atual parece ir contra a esse individualismo exagerado. A última edição da K-Hole, agência de tendências de Nova York, traz o título “Ser especial x Ser livre”.
No relatório, frases do tipo:
Ser diferente não precisa ser uma jornada solitária; pode ser uma atividade de grupo.”
É como uma festa que é tão exclusiva, que ninguém nem sequer aparece.”
Os marcadores de individualidade se reformulam tão rápido que não é possível estar em dia.”
O desafio agora é manejar ser igual, e não diferente.”
O objetivo da publicação é afirmar (e justificar) a nova tendência do mercado, a Normcore, isto é, nada além de ser normal.
Definido no mundo da moda como um movimento em direção a propostas mais simples no modo de se vestir, é uma tendência social que parece carregar uma inversão da interpretação do que até agora foi considerado cool.
A necessidade do sentimento de pertencer a um grupo maior é hoje aquilo que impulsiona os jovens (e os consumidores em geral) a irem conscientemente nessa direção.
Ainda de acordo com a K-Hole, “antes os homens nasciam em grupos e tinham que buscar sua individualidade, hoje as pessoas nascem como indivíduos e tem que encontrar as suas comunidades”.
Essa é uma mudança importante porque se destacar da sociedade é justamente participar de uma nova construção coletiva dela.
A década marcada pelo movimento hipster indicou o caminho.
Majoritariamente formada por uma geração que valoriza os projetos coletivos – vide as hortas urbanas, os crowdfundings, os coletivos de escritórios – foi um fluxo agregador em busca de novas formas de se unir em comunidade.
Tanto que foi dentro desse momento sócio-político que surgiu o movimento Occupy.
Resta agora observar em que direção seguirá o Normcore.
Como toda mudança introduz algo de novo e diferente, vale observar como será definido o que é “normal”.

Centrais Location especiais para Pesquisa de Mercado

dR3mmzGSNwW5HFA Network é uma empresa especializada em serviços de coleta e processamento de dados, que atua no mercado desde 1999. Com CATI próprio, dispõe ainda de 2 centrais location no centro de São Paulo. Com grande know-how em testes de produto, pesquisa de comunicação e estudos B2B, a empresa é membro da ABEP e do Programa Empresa Amiga da ASBPM.

Navegue nas centrais clicando no link abaixo:

    Centrais Location especiais para Pesquisa de Mercado

Curso de Codificação de pesquisa quantitativa, por Cíntia Corrales

No dia 11/04/15 a diretora da Network Pesquisa, Cíntia Corrales, ministrou o curso de “Codificação de Pesquisa Quantitativa” da ASBPM – Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia para uma turma de 19 alunos. Haviam participantes de São Paulo e do Rio de Janeiro, de várias empresas e segmentos (institutos, fornecedores de processamento e clientes finais).

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Socióloga formada na USP, ela trabalha com processamento de dados desde 1995 e elaborou o conteúdo do curso especialmente para a ASBPM, da qual é diretora nomeada de Projetos Especiais.

O curso teve carga horária de 7 horas e teve o objetivo de transmitir conhecimento sobre interpretação de textos, procedimentos padrões de codificação e situações e desafios do dia a dia, desde a abertura de um livro de códigos até o uso de NETs e SUBNETs, trabalho em equipe, erros comuns e controles de qualidade dentro dos padrões da norma ISO 20.252/2012.