Idosos

Pesquisa Longevidade

Do InfoMoney, de 25/06/09

Idosos são responsáveis pelo sustento do lar, mostra pesquisa do Bradesco

Fato de os idosos serem os principais provedores das famílias é mais evidente entre pessoas da classe C

A maioria das pessoas com idade entre 55 e 73 anos sustentam os lares onde vivem. Esse é o caso de 80% dos 2 mil entrevistados para a pesquisa Longevidade Brasil, realizada pelo banco Bradesco e divulgada nesta quinta-feira (25).

Por outro lado, 19% dessas pessoas afirmam que são sustentadas. De acordo com o cientista social José Carlos Libânio, responsável pela pesquisa, o fato de os idosos serem os principais provedores das famílias está mais evidente na classe C, na qual 82% dos entrevistados mantêm as casas onde moram.

O estudo englobou as classes A, B e C, de seis cidades de todas as regiões do País, com exceção da grande região Norte. E realizou também grupos focais e pesquisas etnográficas no ano passado e este ano, de acordo com informações da Agência Brasil. O texto da pesquisa ressalta que, até 2050, cerca de 30% dos brasileiros terão integrantes com mais de 60 anos de idade.

Aposentadoria: dinheiro certo ou fardo?

Segundo Libânio, a aposentadoria é considerada um dinheiro “certo” e “constante” nas classes mais baixas, sendo maior do que o rendimento anterior ao benefício, adquirido por meio do mercado informal.

Por outro lado, entre as famílias com maior poder aquisitivo, a aposentadoria representa uma queda da renda, por conta das regras para o pagamento do benefício pelo governo, que corta, por exemplo, as gratificações.

“Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura faz toda a diferença. A partir da aposentadoria, a renda se torna constante, o que antes não podia acontecer”, afirma ele. “Ao se observar o Nordeste rural, onde há bolsões de pobreza, o aposentado tem um papel central nas famílias, porque é dele que vem o dinheiro fundamental de cada mês”.

Da Agência Brasil

Os resultados do estudo foram apresentados no 4º Fórum da Longevida, no Rio de Janeiro. O objetivo do evento é debater qualidade de vida, longevidade e a expectativa de vida no Brasil. O levantamento mapeia diversos aspectos do comportamento econômico e social dos idosos de várias cidades do país. É considerada uma das pesquisas mais completas sobre a terceira idade já realizada no Brasil.

Pesquisa do Seade – Futuridade

Da Agência Estado, em 29/05/09

SP é uma das piores cidades para idoso viver, diz Seade

Entre os 4,3 milhões de idosos paulistas, 14% vivem em municípios com baixo nível de desenvolvimento e bem-estar e 7% moram em cidades classificadas como de alta qualidade de vida. São dados de um índice desenvolvido pela Fundação Seade e pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, o Futuridade. O índice mediu as condições de vida da população com mais de 60 anos nos 645 municípios do Estado. A capital é a 503ª na classificação geral.

Quando consideradas as cidades com mais de 200 mil habitantes, São Paulo aparece como a 24ª. A cidade com o melhor desenvolvimento é Santo Antonio da Alegria, e a que tem o pior índice é Nova Campina. Santo Antônio da Alegria tem apenas 6.249 habitantes. Desses, 834 têm mais de 60 anos. As características da cidade são uma constante entre os municípios nas melhores colocações. População pequena e com boa cobertura dos programas públicos voltados para a terceira idade.

Foram considerados três itens para construir o indicador: saúde, proteção social e participação. Cada um deles com variáveis como porcentagem de atendimentos na rede de proteção social básica, existência de um conselho municipal do idoso e taxa de mortalidade entre os 60 e 69 anos – o que é considerado como mortalidade precoce entre idosos. Segundo Alanna Armitage, representante do Fundo de Populações das Nações Unidas, o índice é fundamental para a construção de políticas públicas. “Na América Latina, o processo de envelhecimento aconteceu mais rápido do que em outros lugares, sem tempo para essas adaptações”, afirma.

De acordo com a Fundação Seade, em 2030 serão 7,1 milhões de idosos no Estado de São Paulo – 15,4% da população, 56,8% composta por mulheres. A diretora executiva da fundação, Felícia Madeira, diz que o Futuridade não pode ser confundido com o Índice de Desenvolvimento Humano. “O IDH indica o alcance das políticas públicas dos municípios e como eles têm se comportado”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.