Pesquisa de Mercado

Investimento em mídia

De Coluna do Nenê

De acordo com o Ibope, os investimentos em mídia no Brasil subiram 7,3% no ano passado. Os anunciantes que mais aumentaram presença na mídia foram Procter & Gamble, com 152%, Danone (139%) e TIM (95%). Entre os dez maiores anunciantes, está Casas Bahia, em primeiro, seguida de Unilever, AmBev, Caixa Econômica Federal e Hyndai Caoa. Por outro lado, os anunciantes que mais diminuíram seus investimentos em compra de mídia foram Ford (-19%), Banco do Brasil (-16%), Vivo (-15%) e Colgate Palmolive (-11%). Já no ranking das agências, do 1º ao 5º lugar estão posicionadas, respectivamente, Y&R (R$ 4.858.293), AlmapBBDO (R$ 1.825.045), JWT (R$1.548.164), Ogilvy (R$ 1.534.553) e BorghiErh/Lowe (R$ 1.485.514). Ainda segundo o Ibope, os segmentos da economia que mais investem em mídia são de comércio/varejo (R$15.474.410), serviços ao consumidor (R$ 5.580.249) e setor automobilístico (R$ 5.122.008)

Veja, a seguir, a lista das 30 empresas anunciantes que mais compraram mídia no Brasil em 2009, com os valores de investimentos (em R$) reportados pelo ranking do Ibope Monitor:

1º Casas Bahia – 3.059.239.000
2º Unilever – 1.941.632.000
3º Ambev – 914.580.000
4º Caixa Econômica Federal – 847.500.000
5º Hyundai Caoa – 744.504.000
6º Fiat – 737.947.000
7º Bradesco – 735.412.000
8º Hypermarcas – 682.147.000
9º TIM – 577.903.000
10º Ford – 557.021.000
11º Petrobras – 546.736.000
12º GM – 508.018.000
13º Coca-Cola – 492.906.000
14º Volkswagen – 485.956.000
15º Danone – 464.430.000
16º Reckitt Benckiser – 460.429.000
17º Vivo – 456.328.000
18º Claro – 452.736.000
19º Colgate Palmolive – 431.011.000
20º Grupo Pão de Açúcar – 421.425.000
21º Itaú – 415.494.000
22º Cervejaria Petrópolis – 397.799.000
23º Ponto Frio – 392.181.000
24º Procter & Gamble – 372.654.000
25º Peugeot Citroën – 368.288.000
26º Insinuante – 361.277.000
27º Banco do Brasil – 333.711.000
28º Avon – 301.548.000
29º Ricardo Eletro – 300.236.000
30º Supermercado Guanabara – 289.206.000

A banalização da pesquisa de mercado no Brasil

Do Administradores.com.br, em 04/12/09

Nos últimos meses, vendo certas empresas de pesquisa de mercado trabalhar, algumas de grande porte incluídas, é imediato perceber a banalização da atividade no Brasil. A necessidade de corte de custos se fez presente no segmento, para manter os patamares que os contratantes no exterior estavam acostumados (dispostos) a pagar em tempos de dólar forte.

Porém, especialmente no que toca aos famosos incentivos por participação, vejo que o mercado esta trabalhando em patamares desrespeitosos e irreais.

Tome por exemplo, os estudos encomendados pela Indústria Farmacêutica, famosa investidora de parte de seu faturamento em pesquisas clínicas e de mercado. De olho no mercado brasileiro, 8° maior do mundo em 2008, ela com frequência deseja coletar informações junto a médicos ,especialmente nas especialidades onde existem medicamentos e tratamentos de alto custo como os oncologistas.

Considerando que estes profissionais (médicos) gozam das maiores médias salariais do mercado de trabalho brasileiro — “O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho”-Fundação Getúlio Vargas,2009)– cobrando entre R$150 a R$800 por uma consulta de em média 20 minutos, é absurdo ver entrevistadores oferecendo R$30-R$50 por 30 minutos de entrevista telefônica ou pessoal em profundidade de uma hora. Como sabido, estas preciosas informações irão alimentar o desenvolvimento de novos remédios pelos bilionários laboratórios.

Em países desenvolvidos, diga-se de passagem, o propagandista de laboratórios paga por uma consulta para mostrar seus produtos, não o faz de forma forçada entre uma consulta e outra como no Brasil.

Valores muito abaixo do mercado, e a invariável seqüência de perguntas enfadonhas, irão criar uma resistência muito grande destes profissionais em participar de qualquer tipo de pesquisa. Será como o antibiótico que usado inadequadamente, torna a doença ainda mais forte.

Para efeito de comparação alguns profissionais que cobram em torno de R$50 por consulta incluem: técnicos em informática, Personal Trainers, garotas de programa, tarólogos , massagistas e cabeleireiros. Sem medir o mérito de um ou outro, pela complexidade e responsabilidade, o tempo de um profissional que leva em média 10 anos para chegar ao mercado de trabalho deve ser mais valorizado.

Visando analisar o mercado, me cadastrei há alguns anos, junto a diversas empresas de pesquisa para participar de projetos. Recentemente, fui solicitado como entrevistador secreto, a decorar um longo script, pegar meu carro e ir ao centro da cidade (Brasília) em horário comercial, inquirir os funcionários de uma loja de pneus sobre uma dezena de itens, avaliar diversas variáveis, preencher vários formulários, scannear as notas fiscais, tudo para ganhar um balanceamento grátis (R$30).

Há muita qualificação envolvida nesta atividade. Não é para qualquer um. Ai penso comigo: “vou perder uma tarde inteira fazendo consultoria para uma empresa multinacional por digamos ai, R$7,5 por hora?” Realmente não. Pedi para ser removido da lista.

Parte significativa dos trabalhos são encomendados por clientes no exterior. O fortalecimento do Real frente ao Dólar, certamente encareceu os projetos no Brasil, que por seus elevados custos trabalhistas e tributários tendem a ser em média 30% mais caros que no México por exemplo.

Fazer pesquisa no Brasil sempre será mais caro que em outros países latino-americanos, isto deve ficar bem claro. Em janeiro de 2009 a paridade era de US$1/R$2,35, em dezembro em torno de US$1/R$1,70, uma perda de cerca de 28%. O Real valorizado foi um problema amplamente discutido na mídia, pela dificuldade enfrentada pelos exportadores brasileiros dos mais diversos produtos e também serviços.

Especialmente no que tange a área médica corremos o risco que esta pesca predatória simplesmente leve a atividade de pesquisa a extinção, após resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) ou CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) implementarem limites ou mesmo proibições éticas a atividade. Vide proibição à atuação de empresas de telemarketing no Estado de São Paulo.

Cabe as empresas brasileiras – e estrangeiras- e também as associações setoriais ABEP, ASBMP, ESOMAR etc, reflexão profunda e imediata sobre o assunto. A competição e busca insaciável por ganhos de eficiência está levando a banalização da atividade e exploração de determinados grupos profissionais.

Marcelo Sicoli – Professor de Marketing internacional e Gerente-executivo da Enterbrazil Consultoria.

Impacto digital

Saiu no Meio & Mensagem nº 1376

Pesquisa global realizada pela Eyeblaster revela que o internauta gasta, em média, um minuto por dia na interação com peças de publicidade online. Segundo resultados, o período da manhã é o de maior impacto para as mensagens comerciais, com pico às 9horas. As peças criadas em formato vídeo são as que mais repercutem, chegando a conquistar 70 segundos da atenção do usuário. O estudo analisou amostra de 42 milhões de interações em todo o mundo, entre setembro de 2008 e março deste ano.

O celular na vida de hoje

Dois estudos foram feitos pela empresa Synovate em vários países do mundo. Em junho 8 mil entrevistados votaram online em 11 países, mas o Brasil não participou. Outro estudo foi feito em cinco países da Ásia (Hong Kong, Malásia, Filipinas, Taiwan e Tailândia) além de Brasil, Grã-Bretanha, Canadá, Egito, França, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos. Foi conduzida em julho, em entrevistas por e-mail, telefone e pessoais envolvendo 13 mil questionários.

Entre as descobertas divulgadas na imprensa:

– A maioria das pessoas não pode viver sem seus celulares, nunca sai de casa sem eles e, se for dada uma escolha, preferia perder a carteira. Os mais viciados são os russos e os cingapurianos.

– Metade das pessoas usam o SMS para flertar. As três funções mais usadas nos celulares são o alarme, a câmera e os jogos. O uso de email e internet ainda é limitado (uso maior entre americanos e britânicos).

– Os americanos estão muito preocupados com o avanço da tecnologia do celular dentro dos aviões. A maioria é contra o uso de celulares dentro dos aviões.

Veja artigo de Marcelo Ambrosio, do JB Online, na íntegra:

Jet Lag – Ninguém quer celular a bordo nos EUA
Postado por:
marceloambrosio

Os americanos estão muito preocupados com o avanço da tecnologia do celular dentro dos aviões. Mais do que no resto do planeta. Com a disseminação do serviço obtida a partir da transformação da aeronave em um provedor de acesso – reduzindo a um mínimo a emissão de sinais pelos aparelhos – a discussão agora passou a ser se é politicamente correto usar. Sempre achei que esse comportamento era só deles, mas uma pesquisa divulgada esta semana me desmentiu. O estudo foi feito pela empresa especializada Synovate em vários países do mundo – cinco países da Ásia (Hong Kong, Malásia, Filipinas, Taiwan e Tailândia) além de Brasil, Grã-Bretanha, Canadá, Egito, França, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos. E concluiu que a maioria dos viajantes aéreos não gostaria de ter um tagarela pendurado no telefone durante o vôo.

Como em toda revolução tecnológica, a possibilidade de se encerrar o período de isolamento forçado entre o pouso e a decolagem me encantava mais do que qualquer objeção comportamental. Porém, na viagem mais recente que fiz, uma Ponte Aérea na semana passada, percebi que vai ser mesmo um inferno se todo mundo puder usar.

O sujeito na fileira ao lado, no vôo de volta, alinhavava aparentemente algum tipo de contrato comercial. Sem se importar em saber se incomodava, falava como se estivesse em pé diante da turbina ligada. Eu e mais outros dez ficamos sabendo de todos os detalhes, incluindo preços, prazos de entrega e até a avaliação pouco abonadora que ele fazia do próprio chefe. Sigilo zero, falta de educação, dez.

A pesquisa da Synovate bate nessa tecla. Foi conduzida em julho, em entrevistas por e-mail, telefone e pessoais envolvendo 13 mil questionários. Cerca de 77% dos entrevistados, todos viajantes freqüentes, declararam que a idéia de ouvir as conversas alheias (e seriam muitas) em um espaço confinado é demais para muita gente. Eu concordo, tanto que usualmente recorro não aos telefonemas quando embarcou ou desembarco, mais aos torpedos ou o próprio sistema de chat.

A taxa de rejeição foi mais alta ainda entre os asiáticos, chegando a mais de 90% dos entrevistados. Na Grã-Bretanha, França e Alemanha o índice igualmente foi elevado. Na outra extremidade ficaram os cidadãos dos Emirados Árabes, com 47%, e Egito, com 48%.

O curioso no levantamento é o fato de que 57% dos entrevistados, por outro lado, gostam de conversar com o companheiro de viagem. Dependendo de quem seja, é o lado ruim – eu, pelo menos, nunca dei muita sorte nesse quesito. Filipinos e malaios são os que mais gostam de bater papo, segundo a Synovate pelas características migratórias desse país. Já os tailandeses, a turma de Taiwan e o pessoal de Hong Kong não querem ouvir nem falar de trocar confidências num vôo.

Escarafunchei a pesquisa de todo jeito para saber a opinião dos brasileiros sobre a questão do celular. Aparentemente deduzi que estamos no meio do caminho. Mas a companhia de pesquisa nos destacou como um dos públicos mais entusiastas na busca por passagens mais baratas – o que é uma distorção se conhecemos bem a forma como o nosso mercado opera em relação aos outros. Ganhamos até dos britânicos e dos canadenses inclusive na preferência pelo uso intensivo da pesquisa de internet em torno dos preços.

A pesquisa chega em um momento no qual a Federal Aviation Administration (FAA) ainda se debate em dúvidas sobre a liberação definitiva. De acordo com a Synovate, seis em cada dez americanos não querem o equipamento sendo utilizado durante os vôos. O impressionante é que essa convicção atravessa todas as idades, concentrando-se principalmente (51%) na faixa entre 18 e 24 anos, ou seja, justamente a geração mais habituada a conviver com essa tecnologia. Entre os que tem mais de 45 anos, o índice cai para 32%.

Balneário Camboriú continua na preferência dos turistas

De Bela Santa Catarina, em 28/07/09

Apesar das calamidades naturais sofridas por algumas cidades de Santa Catarina na segunda quinzena de novembro de 2008, e que chegaram a afetar três bairros isolados de Balneário Camboriú, a cidade continua com toda a sua infra-estrutura intacta e a normalidade já retornou ao dia-a-dia do município. A Praia Central, que corresponde a 70% do território urbano, continua oferecendo beleza e lazer privilegiados, assim como todos os atrativos naturais e os equipamentos turísticos estabelecidos na cidade.

E quem veio aproveitar a praia de Balneário Camboriú no mês de dezembro, pôde comprovar que a cidade está trabalhando com todo o dinamismo, procurando atender da melhor maneira quem a escolheu para passar seus momentos de descontração. Entre os 319 entrevistados, cem por cento pretende retornar às férias no balneário.

Este é o resultado de pesquisa mercadológica realizada pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú. Equipes que realizam trabalho nas ruas avaliaram, no período de 1º a 31 de dezembro de 2008, os níveis de satisfação dos turistas na cidade. Foram questionados 213 brasileiros, 51 argentinos, 29 paraguaios, 17 chilenos, quatro bolivianos, quatro peruanos, um turista uruguaio, no total dos 319 visitantes, sendo 56,11% do público feminino e 43,89% do masculino. Suas idades variaram, sendo 16,3% abaixo de 18 anos; 7,84% entre 18 e 25; 15,67% entre 26 e 26 anos; 34,17% de 37 a 50; 16,3% na faixa entre 51 e 65 anos, e ainda 9,72% com mais de 65. No universo pesquisado, quase que sua totalidade, ou 88,09% (281 pessoas) disseram que a diversão e lazer preferidos estão na praia; 4,7% responderam nas compras; outros 4,7% nos passeios e 2,51% nas diversões noturnas.

Na avaliação da infra-estrutura, os turistas caracterizaram o comércio como bom ou ótimo (77,42%), sendo que apenas quatro pessoas (1,25%) consideraram regular. O total de 14,73% não utilizou os serviços e 6,58% não opinaram. Em relação a bares e restaurantes, a maioria considerou um bom ou ótimo serviço prestado na cidade (79,93%); 13,17% não utilizaram; 0,94% não opinaram; 5,64% consideraram regular e apenas uma pessoa, ou 0,31%, não gostou do atendimento.

No item sobre meios de hospedagem utilizados, novamente a maioria aprovou de forma satisfatória, a rede hoteleira local. Foram 28,84% os que consideraram o serviço ótimo e 44,2% caracterizaram como bom. O total de 24,76% não opinou; 1,88% disseram ser regular e apenas uma pessoa (0,31%) considerou ruim.

As diversões noturnas também foram avaliadas, apesar de que 254 pessoas não chegaram a utilizar o serviço (79,62%). Mas quem aproveitou, considerou ótimo ou bom (18,18%), num número de 58 entrevistados; quatro pessoas não opinaram; duas disseram ser regular e uma não gostou, caracterizando como ruim. Entre os que observaram a sinalização urbana (67,39% ou 215 turistas), 26 pessoas consideraram ótimo o serviço, 168 avaliaram como um bom equipamento; 12 consideraram regular, seis apontaram como ruim e finalmente três não opinaram.

No quesito segurança pública, Balneário Camboriú teve a aprovação de 160 turistas, sendo que o serviço estava ótimo para 19 entrevistados e bom para 141. Foram 86 pessoas que não chegaram a observar o trabalho na cidade; 38 analisaram como um serviço regular; 20 apontaram como ruim e 15 não opinaram.

Foi avaliada, ainda, a limpeza pública (aprovação de 305 pessoas, com a avaliação de boa ou ótima); limpeza das praias (238 responderam bom ou ótimo); Apenas oito consideraram que a cidade precisa melhorar em poluição sonora, e que isso ainda os incomoda; 234 disseram que a água tratada está satisfatoriamente boa ou ótima, sendo que 64 não opinaram, 14 apontaram como regular e sete como ruim.

A maioria dos questionados disse que iria ficar na cidade de sete a dez dias (124 pessoas); e em hotel ou apart hotel (144); vieram de automóvel (159); outros de ônibus de excursão (105) e ainda em ônibus de linha (43). Nenhum dos 319 turistas que responderam à pesquisa reclamou da hospitalidade de Balneário Camboriú. Para 167 pessoas (52,35%) ela foi boa; para 116, ótima; 29 não opinaram e sete disseram receber tratamento regular.

Outras informações e dados estão disponíveis no Departamento de Pesquisa e Planejamento da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú, que realiza atualizações diárias das informações que o setor fornece da cidade. O telefone para contato é o (47) 3367-8122, entre 13 e 19 horas.

Fonte: Silvia C. Bomm – Ass. Comunicação

Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico

Prefeitura de Balneário Camboriú

Pesquisa traça perfil de turista

Da Panrotas, em 29/07/09

O Instituto Marca Brasil (IMB) promoveu, em março, o “Estudo Qualitativo sobre Comportamentos de Consumo e Experiências Memoráveis de Turistas”, uma pesquisa para identificar comportamentos de consumo de turistas brasileiros que viajam com frequência no período de um ano. “Ao diagnosticar perfis de consumo, o IMB tem produzido conhecimento e realizado uma série de iniciativas que servem de fonte estratégica para o planejamento de ações, o aprimoramento dos serviços, proporcionando às empresas a compreensão a respeito do mercado” disse o presidente do Instituto Marca Brasil, José Zuquim.

A pesquisa foi realizada com pessoas entre 35 e 50 anos, da classe social A ou B, com nível superior, que tenham viajado para fora do Estado de origem nos últimos seis meses. A análise faz parte do trabalho de diagnóstico dos projetos Rede de Cooperação Técnica para Roteirização e Economia da Experiência, do Ministério do Turismo, em parceria com o Sebrae sob gestão do IMB.

Confira os principais resultados da pesquisa:

Amantes de Viagens ou Viajantes Compulsivos – A maior parte das pessoas ouvidas pela pesquisa identificou-se como amantes de viagens, ou seja, são pessoas que colocam a viagem como parte integrante de suas vidas e, muitas vezes, como prioridade em seus orçamentos.

Motivações para Viajar – As motivações para a escolha dos destinos são as mais diversas e estão relacionadas às personalidades, identidades e aos “comportamentos de turista”. Um elemento que também identifica uma parte considerável do grupo entrevistado é a valorização da tranquilidade em suas viagens. Esta é uma qualidade destacada por alguns participantes no que se refere ao longo tempo que gostam de ficar em cada destino e a maneira que gostam de desfrutar dos passeios.

Viajantes – As pessoas que demonstram ter um comportamento de viajante, fazem turismo para aprender e conhecer outras culturas; para “ampliar universos”, quando viajam para conhecer outros lugares; para “viver novas sensações”, quando provam uma gastronomia diferente. Também vêem na viagem um meio de investir em qualidade de vida, quando “relaxam” numa praia ou fazem um mergulho no mar junto aos golfinhos; ou quando dedicam “um tempo pra si”, ao buscarem o contato com a natureza ou o simples “tirar férias dos filhos”.

Família – Um elemento que aparece com destaque nos discursos do grupo pesquisado é a família. Seja pela presença ou ausência dos filhos na turnê, a família é sempre um elemento presente quando se trata de pensar uma nova viagem.

Experiências memoráveis – Um outro tipo de experiência presente nos relatos de turistas desta pesquisa são aquelas que permitem que os sujeitos sintam, provem, vivam momentos que aguçam seus sentidos e emoções. Momentos de misticismo, espiritualidade, retorno ao passado ou, até mesmo, de degustação de comidas exóticas proporcionam a estas pessoas outro aprendizado que é próprio do turismo: o auto-conhecimento.

Valorização da “geração matures”

De Outro Canal, por Daniel Castro

Público desprezado pela publicidade e pela programação das TVs, as pessoas com mais de 60 anos finalmente começam a despertar interesse.

Na última edição de seu “Bip”, boletim voltado para anunciantes e agências, a Globo lança um estímulo por mais anúncios para o que chama de “geração matures” (maduros).

“A geração matures é formada por pessoas com mais de 60 anos, conhecida como a idade de ouro. Esse público, que representa 10,5% da população brasileira, ou quase 20 milhões de pessoas, vem crescendo”, anuncia a publicação.

Em três páginas, o boletim lembra que a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos em 1997 para 73 em 2007. Afirma que hoje 9,7 milhões dos domicílios do país têm “famílias intergeracionais” (três gerações) e que, em 53% desses lares, os idosos representam mais da metade da renda.

O “Bip” traz ainda um estudo feito pela Central Globo de Marketing cruzando dados do Ibope e do IBGE. Segundo o trabalho, a “geração matures” consome 14 horas de TV por semana; 86% veem TV das 20h às 22h e 42% assistem a programas de auditório.

A Globo divide os “matures” em quatro perfis (questionadores, modernos, conservadores e festeiros) e aponta alguns parâmetros de consumo: a maior parte dos “festeiros” (23%) vive em São Paulo e 46% dos “modernos” têm computador.

“É um público que merece ser mais bem tratado. Temos um grande mercado para ser explorado”, disse à Folha Willy Haas, diretor-geral de comercialização da Globo.

Crise faz pesquisa assumir perfil tático e de curto prazo

De “Valor”, 16/03/09
Ana Paula Paiva/Valor

Salama, do Kantar Group: no exterior, busca é por pesquisa “holística”, que ajude o cliente a vender mais e gastar menos

Em tempos de bonança, anunciantes e agências de publicidade contratam pesquisas de mercado para entender melhor o consumidor e se antecipar às suas necessidades, traçando tendências. Agora, em pleno olho do furacão, uma dúvida atormenta os departamentos de marketing e de planejamento: a pesquisa entra na coluna dos custos que devem ser cortados ou dos investimentos que precisam ser mantidos? Diminuir o orçamento se tornou imperativo em 2009 – mas, se o mercado não cresce e o único jeito de conquistar espaço é tirar cliente da concorrência, menosprezar informação pode ser uma decisão desastrosa.

A saída encontrada pelos anunciantes tem sido optar pela pesquisa tática, para “sentir o pulso” do consumidor no ponto-de-venda: qual a sua reação a merchandising, às promoções e quanto o preço influencia na decisão de compra. Esse tipo de pesquisa, segundo empresas do setor, chega a custar metade do preço de um estudo sobre tendências, muito mais complexo, que pode envolver levantamentos estatísticos e qualitativos.

“A pesquisa tática se destina a resolver problemas imediatos, algo que ganha muito mais força agora do que os grandes estudos de segmentação, considerados estratégicos para iniciativas de longo prazo”, diz Waldyr Pilli, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) e diretor da Larc Pesquisas de Marketing. Na Larc, diz ele, os anunciantes têm buscado indicadores de mudança de comportamento diante da crise e do medo que ela provoca.

O mercado de pesquisas no Brasil, que cresceu 15% em 2008, para R$ 1,207 bilhão, sentiu uma freada nos investimentos no último trimestre do ano. Mas, segundo Pilli, o primeiro trimestre de 2009 já demonstra uma retomada. “Os anunciantes que interromperam os projetos no fim do ano passado estão voltando a investir agora, preferencialmente em pesquisas táticas”, diz.

A Ipsos, líder em estudos customizados no país, tem sentido a ansiedade dos anunciantes no dia-a-dia. “Muitos querem testar promoções, saber se é melhor dar 10% de desconto ou adotar o ‘leve três, pague dois’, além de identificar até que ponto o consumidor suporta aumento de preços”, afirma Jorge Kodja, diretor de contas da divisão Ipsos Marketing. O executivo vê mais uma frente que ganha espaço no mercado de pesquisas: os estudos on-line, que custam entre 20% e 30% menos do que os levantamentos presenciais. “Trata-se de uma modalidade que vem crescendo todo mês”, diz Kodja.

O Datafolha, por sua vez, registrou um ótimo primeiro bimestre, com crescimento de 30% em comparação com o mesmo período de 2008. “Pesquisas que medem a retenção e o resultado do merchandising na TV têm sido muito procuradas por agências a pedido de clientes de diferentes áreas, especialmente da indústria alimentícia”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. A boa demanda deve fazer com que a empresa passe a oferecer mais duas medições de merchandising ainda neste primeiro semestre: em cinemas e em pontos-de-venda.

Segundo Paulino, veículos de comunicação e a indústria farmacêutica também vêm reforçando investimentos em pesquisa. “Em tempos de crise, as empresas se interessam mais por pesquisas para tornar as estratégias e os investimentos mais precisos”, diz.

E essa tendência não se restringe ao mercado brasileiro. Em todo o mundo, os anunciantes estão à procura de estudos cada vez mais certeiros, que identifiquem com maior fidelidade o perfil do consumidor e quais as melhores mídias para atingi-lo. “Todos os clientes estão tentando fazer crescer suas receitas e cortar seus custos – e a pesquisa deve contribuir diretamente nessa tarefa”, afirmou ao Valor Eric Salama, principal executivo do Kantar Group, braço de consultoria e pesquisas do conglomerado de comunicação WPP.

Em outubro de 2008, o Kantar comprou a TNS e, no fim de fevereiro, promoveu a fusão da empresa com outra multinacional do grupo, a Research International, criando a maior fornecedora de pesquisas customizadas do mundo, a TNS International. Com a nova empresa, a receita do Kantar Group bateu os US$ 4,5 bilhões em 2008, o que representa cerca de 30% do faturamento do WPP. No Brasil, a TNS International afirma ocupar o segundo lugar entre os fornecedores de levantamentos ad hoc (sob encomenda), atrás apenas da Ipsos e à frente da GFK e do Ibope Inteligência.

Salama reconheceu a força dos concorrentes no mercado nacional, especialmente da líder Ipsos, mas acredita que é possível crescer mais aqui do que na China e no México este ano. “O Brasil é um dos nossos dez maiores mercados no mundo”, diz ele, que prevê em 2009 empate com a receita global do ano anterior. Segundo o executivo, que atende multinacionais como Unilever, Procter & Gamble, Coca-Cola e Pepsi, as pesquisas são mais necessárias para o mercado agora do que nunca. “Os clientes querem entender o quanto a mídia influencia, como as pessoas se relacionam com as marcas, como decidem as compras nos supermercados e lojas, ou seja, tudo que as ajude a se manter competitivas”.

Essa visão “holística” do cliente faria com que os anunciantes gastassem menos com mídia. Essa é a conclusão da World Federation of Advertisers (WFA), que realizou na semana passada, em São Paulo, a sua Conferência Global de Anunciantes, em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). O diretor de comunicação de marketing da WFA, Robert Dreblow, destacou o projeto global conduzido pela entidade, o Blueprint, que propõe a revisão dos métodos de medição de audiência e pesquisa. “Queremos que o foco esteja sobre o consumidor, não sobre o produto ou a mídia”.

Se o comprador fosse encarado de maneira “holística”, diz Dreblow, o número de anúncios e o nível de frequência das campanhas seriam menores. Para a WFA, o anunciante hoje é incapaz de medir e seguir o comportamento multimídia do consumidor, porque as pesquisas não o enxergam dessa forma. Além disso, segundo a associação, o uso de novas tecnologias não está sendo eficaz para obter dados de forma rápida e barata.

A multinacional americana de cosméticos Avon concorda. “As pesquisas de mercado não estão respondendo às nossas necessidades”, diz Rafal Szysz, gerente regional de mídia da Avon para a Europa, o Oriente Médio e a África, que participou do evento da WFA. Segundo Szysz, muitos fornecedores primeiro criam os modelos de pesquisa, com base no que acham que os anunciantes precisam, e tentam lhes vender isso. “Antes de mais nada, as empresas de pesquisa deveriam ouvir o cliente e fazer estudos que sejam realmente sob medida”. Isso não significa, necessariamente, segundo o executivo, pesquisas mais baratas. “Se eu perceber o real valor daquele estudo para o meu negócio posso pagar mais por ele.”

Jorge Kodja, da Ipsos Marketing, acredita que muitos anunciantes encaram as pesquisas de mercado de maneira pouco objetiva. “Não são raros os casos em que um produto vai para o mercado sem ter passado por uma avaliação prévia com o consumidor”, diz Kodja. “Nesses casos, a empresa encomenda a pesquisa esperando que ela valide as suas expectativas com o produto”.

Brasileiro pesquisa na web e compra na loja

De InfoPlantão, de 26/06/09

Um estudo da Intel mostra que 64% dos brasileiros que compram computadores fazem pesquisas antes da aquisição.

No estudo, foram ouvidos consumidores de 12 países. Entre eles, o país onde as pessoas mais se preocupam em informar-se antes da compra é a Alemanha. Lá, 80% dos compradores fazem pesquisas preliminares. O Brasil empatou com a França com o índice mais baixo de pessoas que buscam informações antes ao comprar, 64%. O resultado sugere que brasileiros e franceses estariam um pouco mais propensos a realizar compras por impulso ou por influência de amigos ou de vendedores. Esses dados foram apresentados durante um evento da Intel em Maceió (AL).

Outro dado levantado é que o brasileiro demora, em geral, de 6 a 21 dias para concluir a compra de um computador. O tempo médio é 15 dias. Além disso, o estudo da Intel diz que, entre os entrevistados, 75% das compras são feitas em lojas físicas e 19% na web. Os demais fazem sua encomenda por telefone e outros métodos.

Entre os brasileiros que fazem pesquisas antes da compra, 97% usam a internet para isso. O estudo também aponta que 45% dos compradores brasileiros buscam informações em mídias sociais. Nesse campo, o destaque é para os blogs. O percentual de compradores que procuram informações em blogs triplicou no último ano, indo de 6% para 18%. “Em mercados emergentes, as redes sociais são mais importantes. Isso também acontece em lugares como Índia, México e China”, diz Elber Mazaro, diretor de marketing da Intel no Brasil.

Pesquisa de satisfação do consumidor de energia elétrica

Da Agência Brasil, em 16/06/09
Alana Gandra, Repórter da Agência Brasil

Pesquisa de satisfação do consumidor de energia elétrica tem melhor resultado desde 1999

Rio de Janeiro – A pesquisa de satisfação do consumidor residencial de energia elétrica revelou índice de 79,9%, o maior desde o início da série histórica, em 1999, quando o nível foi de 66,2%. A pesquisa, feita pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), foi divulgada hoje (16) no Rio e servirá de base para a escolha das melhores empresas do setor, que serão premiadas no dia 7 de julho, em Brasília.

O presidente da Abradee, Luiz Carlos Silveira Guimarães, que considerou o resultado “sensacional”, disse que a pesquisa mostra que o setor vem melhorando seu desempenho ano após ano, como resultado de investimentos e de melhoria da gestão. Segundo ele, esse tipo de pesquisa é importante por mostrar o “que a sociedade pensa” e a visão do cliente.

O assessor da presidência da Abradee Pedro Eugenio Pereira ressaltou que todas as 49 empresas filiadas à entidade participaram da pesquisa e vêm aprimorando sua gestão. Como consequência, “nos últimos anos, o índice de satisfação do consumidor estabilizou-se em um nível mais alto”. Ele disse que, de 2008 para cá, houve aumento de 2 pontos percentuais no nível de satisfação dos consumidores em relação à qualidade do fornecimento e dos serviços das distribuidoras.

A Região Sul lidera a pesquisa, com nível de satisfação de 89%, o maior também da série histórica. Em seguida, vem a Região Sudeste, com 80,7%. No Nordeste, o índice subiu de 71,5%, em 2008, para 77,8%, compensando a queda observada em anos anteriores. Já o Norte e o Centro-Oeste mantiveram índice estável em relação ao ano anterior. Por áreas de qualidade pesquisadas, a melhor avaliação dos consumidores foi para a conta de energia (86%), seguida do fornecimento (81,8%).

Foram entrevistados na pesquisa, feita pelo Instituto Innovare, 26.125 clientes residenciais em 860 municípios de 26 estados brasileiros. As concessionárias de distribuição de energia elétrica respondem pelo atendimento a 99% dos consumidores brasileiros.

Desde 2003, a metodologia da consulta da Abradee é adotada pela Comissão de Integração Energética Regional, que, na pesquisa deste ano, incluiu 37 empresas de 12 países da latino-americanos.

De acordo com Guimarães, há seis anos, a média no Brasil é sempre maior do que a dos demais países latinos. O segundo melhor resultado foi o da Argentina. No ranking de 2008, os seis primeiros lugares ficaram com empresas brasileiras. Em sétimo, veio uma empresa colombiana.

No ano passado, o prêmio de melhor distribuidora em termos de satisfação dos consumidores foi entregue pela Abradee à Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).