Travestis, bonés e crachás
Passos rápidos pela rua. Ouço dois travestis comentando um com o outro, que foi acordado agora há pouco. Passa uma pickup e o passageiro põe a cabeça para fora, gritando algo para os travestis que nesse minuto já ficaram para trás. Só ouço que um deles responde um “gostoso!…” meio fraco, meio baixo, meio por costume, meio por obrigação e continua a conversar. São apenas 18h, mas o centro de São Paulo é o centro de São Paulo. Quem mora, trabalha ou estuda no centro, está acostumado a ver de tudo. Uma moça com crachá da Prefeitura fala ao celular, ao lado de moradores de rua. Difícil é tirá-los da rua e eles não voltarem, e muitas vezes para o mesmo local. A viatura parada. Os policiais acabam de liberar quatro rapazes de boné e bicicletas. Por hoje foi só. Não vi mais nada, não ouvi mais nada, ou foi o cansaço da subida à pé… Ao cruzar a fronteira de Higienópolis, esses personagens saem de cena. Agora apenas guardadores de carro.
(C.Corrales, 2007)
Post original no site Overmundo: Crônica – Travestis, bonés e crachás
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Arte pública no centro de São Paulo
Centralizados
Arte pública tem algo de mágico – a magia de encontrar, no meio do caminho, entre pessoas atrasadas e buzinas nervosas, um lugar de respiro na cidade. Quando essas obras estão perto de um local como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), melhor. Porque passear pelo Centro também pode ser mágico. Durante cinco noites, a partir de 4ª (25), obras criadas por artistas nacionais e internacionais vão se espalhar pela região, na mostra Urbe.
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“A proposta é intervir na cidade para criar um diálogo com as pessoas, fazer com que elas repensem sua relação com o espaço onde estão essas obras”, observa Alessandra Marder, curadora do projeto, ao lado de Felipe Brait e Júlia Clemente.
Entre os nomes internacionais, está o coletivo alemão Urban Screen, que se apresenta pela primeira vez no continente americano. Eles levam suas projeções à fachada da sede da Prefeitura (Viaduto do Chá, 15), em uma narrativa que inclui imagens cotidianas gravadas nos arredores do edifício.
Os brasileiros do ZoomB também vão projetar obras audiovisuais em fachadas de prédios. Mas, neste caso, a exibição será acionada pelos pedestres que caminharem pela Rua da Quitanda, por meio de sensores instalados na via.
Perto dali, o coletivo argentino Doma ocupa o Vale do Anhangabaú com uma instalação – uma espécie de ‘nave’ com 5m de altura. Dentro dela, o público pode observar a paisagem local por janelas com diferentes ‘filtros’ – e ter uma visão ‘caleidoscópica’ do entorno.
Uma ‘cachoeira’ de fios luminescentes, criada por Felipe Sztutman, descerá pelo Viaduto do Chá recriando o trajeto do Córrego das Almas, que passava antigamente pela região.
E o belo edifício do CCBB também vai receber uma intervenção, do grupo Goma Oficina – sua fachada será coberta por formas tipográficas, feitas de néon vermelho, que remetem às pichações urbanas.
ONDE: Arredores do CCBB (R. Álvares Penteado, 112, Centro, 3113-3651). QUANDO: de 4ª (25) a dom. (29), 19h30/22h. QUANTO: Grátis.
Reabertura da Biblioteca Mário de Andrade
Após 3 anos de reformas, a Biblioteca Mário de Andrade foi recentemente reaberta ao público. Entre as obras realizadas estão a restauração da fachada e a construção de um mezanino para o acervo da Biblioteca Circulante que, nos últimos anos, esteve em vários endereços, à parte da Biblioteca central.
A Biblioteca municipal é uma das mais importantes do Brasil. Em seu acervo, 327 mil livros, dos quais 51 mil são raros ou especiais.
Para quem não conhece, vale a pena visitar: Rua da Consolação, 94, no centro, próximo ao Metrô Anhangabaú.
Informações básicas
Fundada em |
1925
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Localização |
Informação Geral |
A Biblioteca Mário de Andrade é uma das mais importantes bibliotecas de pesquisa do país. Fundada em 1925 como Biblioteca Municipal de São Paulo, é a primeira biblioteca pública da cidade.
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bma@prefeitura.sp.gov.br
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O que houve com o antigo Hotel Hilton do centro
O Tribunal de Justiça de São Paulo ocupa hoje o antigo prédio do Hotel Hilton, na Avenida Ipiranga, 135/165, no Centro de São Paulo.
117 desembargadores mudaram-se do edifício conhecido como “Paulistão”, na Avenida Paulista.
Segundo o site Direito2 noticiou em 2007:
O prédio do Hilton foi escolhido em virtude de oferecer melhores acomodações, ter espaço para acomodar todos os desembargadores e juízes de segundo grau das câmaras de Direito Público. Também fica mais próximo da sede do TJ, e foi entregue reformado, às expensas dos proprietários do imóvel.
Os gabinetes dos desembargadores ficavam em um prédio na Avenida Paulista, que não atendia mais as necessidades do TJ, pois havia a necessidade de reformas, sem o interesse do locador em realizá-las.
O prédio locado na Avenida Ipiranga tem uma área construída de 34.722,00 m². São 32 andares, com três de garagem. Possui 6.163,50 m² a mais em área construída, que o prédio da Paulista, além disso, as condições da infraestrutura, tais como elevadores, ar-condicionado, geradores, banheiros, são melhores.
O local abrigará 126 gabinetes de trabalho de todos os desembargadores das câmaras de Direito Público, juízes substitutos em segundo grau, unidades administrativas e de apoio aos gabinetes, bem como serviços administrativos gerais. Contará também com dois restaurantes; sendo um no 10º andar e o outro, no 32º.
As fachadas do prédio e o jardim externo do 10º são tombados, por isso, houve restrições de mudanças. Internamente está sendo feita uma reforma geral em todas as instalações do imóvel para adaptação das instalações originais destinadas à hotelaria, com revisão elétrica, lógica, piso, pinturas, etc. O Tribunal colocará sistema de comunicação, informática, mobiliário e persianas.
O TJSP colocou o espaço do antigo teatro do hotel, no andar térreo, à disposição das secretarias estadual e municipal da Cultura, para que seja reaberto com espetáculos e demais eventos culturais ao público.
Cada desembargador ocupará três (3) salas do Hilton, que foi totalmente reestruturado.